Representante da cultura nordestina, o vaqueiro tem como característica a indumentária confeccionada a partir do couro. Dessa matéria prima se faz o gibão, pára-peito ou peitoral, perneiras, luvas, jaleco e chapéu. São com esses elementos que o vaqueiro enfrenta os espinhos e os riscos da caatinga na sua labuta diária.
Acostumado a confeccionar o traje típico desse trabalhador sertanejo desde os 14 anos, seu José Lima de Souza, conhecido como Nai, 64, é uma das poucos artesãos que ainda se dedicam ao ofício no Malhador de Ipirá. A tradição vem da família do seu bisavô sergipano que, segundo ele, foi um dos primeiros a se instalar na região e a transformar o couro cru em diversos produtos.
Durante o mês, Seu Nai confecciona 5 ternos completos do vaqueiro, peças que são revendidas para lojas da região. “A produção tem diminuído, mas eu acredito que não vai acabar não. Sempre alguém que vai precisar trabalhar na roça, lidar com o boi, e essa roupa é indispensável”, afirma.
O gibão do vaqueiro é um dos símbolos da cultura e da identidade sertaneja, que mostra a força e a coragem do povo nordestino.
Sandálias, cintos, carteiras e diversos outros produtos em couro estarão em exposição na Ipirá Couro Show, Arte e Artefatos, de 13 a 15 de dezembro, no Centro Cultural Elofilo Marques. Participe!
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